Imagine a situação: você vai ao médico fazer um check-up e, ao realizar uma ultrassonografia de abdome, descobre que tem pedra na vesícula. E agora, será que é preciso operar?
Para saber mais sobre esse problema, quais são os grupos de risco e como agir no caso de diagnóstico, continue acompanhando este artigo que preparamos para você!
Pedra na vesícula: o que é?
A vesícula biliar é uma espécie de bolsa, localizada na parte direita do abdome, logo abaixo do fígado. Sua função é armazenar a bile, um líquido produzido pelo fígado que auxilia na digestão das gorduras.
Esse líquido é rico em colesterol e em alguns casos essas partículas podem se transformar em pedras, também chamadas de cálculos. Isso acontece porque a vesícula tem a capacidade de armazenar cerca de 50 ml de líquido.
Quando a vesícula está cheia, a solução do nosso corpo nesse caso é tornar o líquido mais espesso, eliminando a água. Isso pode contribuir para a formação de pedras.
No caso de pedras na vesícula, o paciente pode sentir dores abdominais e cólicas. Porém, grande parte dos pacientes não têm sintomas, já que muitas vezes elas podem ser eliminadas pelas fezes.
O problema ocorre quando a pedra for maior do que o orifício da vesícula, o que pode causar dores muito fortes, especialmente após as refeições.
Quem pode ter pedra na vesícula?
Tanto homens quanto mulheres podem ter pedra na vesícula. Porém, os casos são mais comuns em pessoas com mais de 40 anos de idade. As mulheres representam a maior parcela de casos, pelo fato de que há a ação do estrogênio sobre a bile antes da menopausa.
Também estão no grupo de risco pacientes que fazem tratamento hormonal, que passam por rápida perda ou ganho de peso ou quem tem diabetes e cirrose.
Afinal, preciso operar?
Ao descobrir que tem pedra na vesícula, muitas vezes o paciente não está tendo sintomas. Justamente por isso, muitas vezes ele demora para buscar o tratamento.
É importante ter em mente que as chamadas pedras ou cálculos na vesícula na verdade não são sólidos como pedregulhos. Comumente são pequenos grumos ou grânulos que estão agrupados e moldados ao longo do tempo pelas contrações da vesícula, e por isso se “esfarelam” ou se desfazem muito facilmente.
A maioria dos portadores de colelitíase é assintomática. Espera-se que 20% desses pacientes apresentem sintomas biliares típicos ao longo da vida e 1% a 2% evoluam com alguma complicação da doença a cada ano.
O paciente portador de colelitíase assintomática pode ser acompanhado clinicamente, desde que muito bem orientado quanto a possíveis sintomas e complicações e quanto à necessidade de procurar assistência médica nesses casos.
Aos pacientes imunossuprimidos (transplantados, diabéticos), portadores de doença hemolítica, vesícula em porcelana (achado ultrassonográfico), muito jovens, com pedras > 2,5 cm ou < 0,5 cm ou cálculos associados a pólipos ≥ 1 cm, ou com antecedentes familiares de neoplasia do trato digestivo, recomenda-se encaminhamento para serviço de cirurgia.
O paciente portador de colelitíase sintomática sem complicações, após a melhora clínica do sintoma da dor, deve ser orientado a abolir alimentos gordurosos e posteriormente ser encaminhado para tratamento cirúrgico de forma eletiva.
A cirurgia é um procedimento extremamente simples e seguro, realizado em apenas um dia de internação. Atualmente, é realizado, em praticamente 100% das vezes, por via videolaparoscópica, ou seja, através de pequenos orifícios na pele.
Dessa forma, a cirurgia permite rápida recuperação, com índices quase nulos de complicações. Por isso, lide com essa cirurgia como um simples tratamento de rotina e viva com mais saúde e tranquilidade.
E você, está passando por algum problema semelhante? Já realizou uma ultrassonografia de abdome para descobrir se está tudo OK com a sua saúde?
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